domingo, julho 31, 2005

Aos meus filhos


Peço licença aos leitores para que eu possa dedicar este texto aos meus filhos, em especial à minha filha Cléo.

Ela nasceu há dez dias e, desde então, meus sentimentos ficaram ainda mais aflorados. Amo intensamente hoje. Amo meus filhos, Marcelo e Marina, amo meu marido, Paulo, amo minha filha Cléo e amo a mim mesma por ter tido força e coragem para enfrentar tudo para tê-la hoje em meus braços.

Talvez seja estes primeiros dias de maternidade depois de quase dezesseis anos sem passar por isso. Talvez seja a emoção de parir novamente. Talvez seja a saudade já existente dos chutes dela dentro da minha barriga. Talvez seja por saber que não mais poderei ter filhos. Talvez seja por tantas coisas! Mas isso não importa.
O fato é que o amor está à flor da pele. Já tentei me controlar para não ficar sentimental demais mas é imposível não se render a esta emoção.
Sou mãe de mais uma filha linda, saudável e que veio entre tantos desafios!

Cléo, somos vitoriosas. Vencemos a dor, as ameaças, o medo, a insegurança e, por fim, a morte.

Você veio para mostrar que tudo nesta vida vale a pena quando se faz por amor.

Aos meus filhos, Marcelo, Marina e Cléo, meu amor eterno. Obrigada por me fazerem mãe.
(foto: criação Anne Guedes)

terça-feira, julho 19, 2005

Racismo

(recebi este texto de uma amiga e, mesmo que não seja uma história real, vale a mensagem. Muito boa mesmo!)




Isso aconteceu num vôo da BRITISH AIRWAYS entre JOHANNESBURGE e LONDRES.

Uma senhora branca, de uns cinqüenta anos, senta-se ao lado de um rapaz negro. Visivelmente perturbada, ela chama a aeromoça.


- Qual o problema?- Pergunta a aeromoça
- Mas você não está vendo? - Responde a senhora.
- Você me colocou ao lado de um negro. Eu não consigo ficar ao lado destes nojentos. Me dê outro assento.
- Por favor senhora, acalma-se. - Diz a aeromoça. - Quase todos os lugares deste vôo estão tomados. Vou ver se há algum lugar disponível.

A aeromoça se afasta e volta alguns minutos depois.

- Minha senhora, como eu suspeitava, não há lugar vago na classe econômica. Eu conversei com o comandante e ele me confirmou que não há mais lugares na executiva. Entretanto ainda temos um lugar na primeira classe.

Antes que a senhora pudesse fazer qualquer comentário, a aeromoça continua:

- É totalmente inusitado a companhia conceder um assento de primeira classe a alguém da classe econômica, mas, dadas as circunstâncias, o comandante considerou que seria escandaloso alguém ser obrigado a sentar ao lado de uma pessoa tão execrável.

E dirigindo-se ao rapaz negro, a aeromoça completou:

- Portanto senhor, se for de sua vontade, pegue seus pertences que o assento da primeira classe esta à sua espera.

"E todos os passageiros ao redor que, chocados, acompanhavam a cena, levantaram-se e aplaudiram".

(enviado por Ana. Obrigada!)

sexta-feira, julho 15, 2005

Amigos ideais

(Não há texto melhor do que este para estrear o blog sobre amor e amizade.
Enviado por uma amiga queridíssima!!!!!! Beijos, Paulinha!)


Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade sanidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador
e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e são.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias
e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os sãos, para que não duvidem das diferenças
e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo,
quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo,
e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade
sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto,
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou,
pois vendo-os loucos e sãos, bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

Marcos Lara Resende

(enviado por Ana Paula Leal. Obrigada!)